O implante capilar pela técnica FUT consiste em se retirar fios de uma área doadora do paciente – geralmente, a lateral e a parte de trás da cabeça, que são menos acometidas pela queda de cabelo – e reimplantar nas áreas calvas. Mas e se a disponibilidade de fios para reimplante for menor do que a quantidade necessária para um implante de qualidade?
Essa é uma situação muito comum. Por exemplo: para um determinado paciente, o recomendável é implantar cerca de 8 mil unidades foliculares na frente e no alto da cabeça, mas a área doadora dele só permite a retirada de 4 mil unidades foliculares.
O que significa esse limite? É a quantidade máxima estimada para se retirar sem provocar “buracos” na área doadora – afinal, não tem lógica cobrir uma área e descobrir outra… Se você não sabe, nos lugares onde o fio é retirado, não nasce mais cabelo, pois a raiz foi retirada para ser reimplantada. Por isso, é preciso retirar esses fios com distanciamento entre eles, para que o próprio cabelo cubra e disfarce essas pequenas “lacunas”.
Desta forma, sendo a área doadora insuficiente, surge a pergunta já feita por muitos pacientes:
A dúvida faz sentido – afinal, com essa possibilidade, seria bem mais fácil conseguir fios e resolver problemas de calvície muito avançada.
Maaaaas… infelizmente a resposta é não – não é possível fazer implante capilar com fios de outra pessoa. Por pertencer a um organismo diferente, esses fios sofreriam rejeição pelo couro cabeludo da pessoa que recebeu os fios. Essa rejeição, por sua vez, para ser controlada, criaria a necessidade do uso de medicamentos pelo resto da vida. E isso, convenhamos, não nos parece um bom negócio para sua saúde, apenas para solucionar uma questão estética. O transplante deve ser, sempre, com fios retirados da própria pessoa.
Maaaaaaaaaaaassss… Temos uma boa notícia! Existem outras alternativas para quem possui uma área doadora pequena. É o chamado BODY HAIR – retirada de fios de outras partes do corpo para fazer o implante capilar.
A barba é sempre a primeira alternativa de body hair. Sua principal vantagem é ter um padrão de crescimento semelhante ao do couro cabeludo. Ou seja, o fio implantado vai crescer em um ritmo similar ao do fio “original” do couro cabeludo.
Outra vantagem é que o fio da barba geralmente é mais grosso que o da cabeça. E por que isso é bom? Porque “preenche” mais. Isso significa que, com menos fios, pode-se ter um resultado melhor de preenchimento. Se esses fios da barba forem bem distribuídos pela cabeça, o resultado é muito bom e uma eventual diferença de espessura com os cabelos da cabeça fica imperceptível.
A segunda opção de body hair é utilizar os fios da região do tórax. Diferentemente da barba, os fios do tórax tendem a ser mais finos e crescerem mais lentamente. Mas, na impossibilidade de se usar a barba, esse é um bom plano B.
Por fim, em terceiro lugar como fonte de fios para transplante capilar estão regiões como virilha, perna e axila. Dá pra usar? Dá, mas com resultados um pouco inferiores. É o famoso “não tem tu, vai tu mesmo”.
Vale ressaltar que o body hair só foi possível depois da técnica FUE, que é a técnica em que o implante é feito fio a fio. Na técnica FUT, que retira faixas de cabelo para reimplante, não dá pra implantar uma faixa da coxa, né?
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